quinta-feira, 6 de junho de 2013

O olhar


Fotografar é, em primeiro lugar, olhar.
Claro que ter uma máquina boa, com muitos pixels e uma lente zoom de meio metro, faz diferença no resultado, mas a câmera sozinha, não tira uma boa fotografia. Quantas vezes você já viu uma pessoa aparecer na foto com um árvore crescendo na cabeça ou um poste. Então, olhe bem, um segundo a mais do que o normal pode fazer a diferença e você já conseguirá fazer uma foto bem melhor.
Para isso, vou dar algumas dicas:
- no momento de fotografar, mude de ângulo várias vezes até encontrar a posição ideal, que valorize o seu foco principal.
- dobre os joelhos. Isso é muito importante quando estiver fotogrando crianças ou seu bicho de estimação, por exemplo.  
- aproxime-se do objeto em vez de ficar longe com um zoom poderoso.
- observe cuidadosamente o fundo. Se possível, escolha um fundo não muito colorido e também não muito claro. E que não esteja poluído, com muitas pessoas ou objetos, porque isso tudo tira a atenção do assunto principal. Deixe estas opções para determinadas situações, quando quiser traduzir uma linguagem específica, como no caso da publicidade e propaganda.
- o objeto, a pessoa ou as pessoas não precisam necessariamente estar no meio da foto. Um pouco mais para a esquerda ou a direita pode transformar a percepção do todo.
- pense no horário do dia que vai fazer a foto e observe a direção do sol. A iluminação faz toda a diferença na fotografia. Até as 10 horas de manhã a luz tem a intensidade ideal. Depois se transforma,  ficando forte e muito clara, com sombras fortes. Só por volta das 16h é que volta a recuperar a intensidade adequada. A luz do amanhecer ou do pôr do sol deixa a foto com tons dourados. A direção do sol é importante porque interfere na intenção da foto. Luz frontal, o sol atrás de quem está fotografando, é para obter fotos brilhantes e nítidas; já a iluminação por trás cria o efeito de silhueta; a iluminação lateral, destacando um dos lados do objeto ou pessoa serve para mostrar a textura do tema.
   Tudo isso ainda varia conforme o lugar do mundo ou época do ano, mas só tem um jeito de descobrir. É praticar muito. A fotografia, como qualquer outra arte requer conhecimento, técnica e dedicação. E posso garantir que este esforço vale a pena.

Até a próxima.

Leonardi Vermeulen é holandês e se estabeleceu no Brasil há pouco mais de 10 anos. Faz fotos para publicidade e banco de imagens para diversas empresas e instituições.  Seu portfolio apresenta um acervo riquíssimo de muitos lugares do mundo, destacando paisagens e aspectos culturais de diferentes civilizações.  




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